Agora, essas drogas são amplamente usadas por pessoas em ambientes altamente competitivos, como uma forma de elas permanecerem focadas em tarefas específicas. De fato, há uma categoria de drogas inteligentes que recebeu mais atenção de cientistas e biohackers - aqueles que buscam alterar sua própria biologia e habilidades - do que qualquer outra. "Acho que é muito claro que algumas funcionam", diz Andrew Huberman, neurocientista da Universidade Stanford, nos EUA. O empresário e podcaster do Texas Mansal Denton toma o fenilpiracetam, um parente próximo de uma versão do piracetam originalmente desenvolvida pela União Soviética como um remédio para ajudar os astronautas a suportar as dificuldades da vida no espaço. Os esteroides sexuais são produzidos naturalmente pelo corpo, e a testosterona não deixa de ser um anabolizante, que nada mais é do que um hormônio que faz anabolismo, colocando mais glicose para dentro das células e estimulando o uso de energia.
Psicose: o que é, sintomas, causas e tratamento
Estar no mesmo cenário físico ou psicológico em que a substância foi usada faz com que o cérebro já comece a liberar dopamina, neurotransmissor responsável pelo prazer, o que aumenta ainda mais a vontade de usar a droga. Por isso, uma das recomendações para dependentes em recuperação é evitar os ambientes associados às substâncias. No entanto, a dopamina também percorre outros caminhos e chega ao córtex pré-frontal, o centro racional, que avisa quando você já tomou sorvete o suficiente.
O fígado e o álcool Entrevista
As drogas têm o potencial de causar diversos efeitos no comportamento de uma pessoa, incluindo agressividade. Quando consumidas, algumas substâncias podem desencadear comportamentos agressivos e alterar a forma como uma pessoa interage e reage ao seu ambiente. Já o álcool, a nicotina, a cocaína e outras drogas que geram dependência com mais facilidade agilizam esse caminho e liberam a sensação de prazer quase imediata no corpo, em troca de um esforço mínimo. A nicotina, por exemplo, chega ao cérebro entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias químicas que provocam relaxamento e bem-estar. A cocaína injetável tem efeito praticamente instantâneo, porque entra direto na corrente sanguínea. A cocaína interfere diretamente no uso que o cérebro faz da dopamina para transmitir mensagens de um neurônio a outro.
Drogas: principais tipos, efeitos e consequências para a saúde
Confira a lista completa dos problemas mais comuns que causam coceira no corpo e o que fazer em cada situação para acabar com o desconforto. Alguns dos primeiros sintomas de overdose incluem agitação, convulsões, náuseas e vômitos, alucinações, sangramentos, perda de consciência e, quando não há socorro médico, pode ser fatal. Depois do nascimento do bebê, este poderá sofrer uma crise de abstinência das drogas pois o seu organismo já estará viciado. Nesse caso, o bebê poderá apresentar sintomas como chorar muito, ficar muito irritado e ter dificuldade para se alimentar, dormir e respirar, necessitando de internamento hospitalar.
Essas atividades ilícitas estão contribuindo para a degradação ambiental, causada pelo desmatamento, descarga de resíduos tóxicos e contaminação química. Comparados com os que começaram a fumar na vida adulta, os que o fizeram enquanto adolescentes apresentam duas a quatro vezes mais sintomas de dependência, quando avaliados dois anos depois de fumar o primeiro baseado. Esses sintomas variam de droga para droga, mas, de forma geral, vão desde ansiedade, cansaço, confusão, sudorese, vômitos e irritabilidade até pensamentos suicidas, delírios e convulsões.
Estudos sugerem que o cocaetileno permanece no sangue por mais tempo que a cocaína – o que aumenta a duração da sensação de euforia – e também pode ser mais tóxico para o coração do que o pó sozinho. O relatório mostra que as intervenções efetivas de tratamento, baseadas em evidências científicas e alinhadas com as obrigações internacionais de direitos humanos, não estão tão disponíveis ou acessíveis como precisam estar. A publicação aponta que os governos nacionais e a comunidade internacional precisam intensificar as intervenções para resolver essa lacuna.
Um estudo longitudinal realizado pela Universidade de São Paulo acompanhou jovens usuários de substâncias ao longo de vários anos. Os resultados indicaram que o uso crônico de drogas psicoativas, como a metanfetamina, clínica de recuperação de dependentes químicos está associado a um aumento da agressividade em longo prazo. É importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de forma diferente às drogas e nem todos os usuários apresentarão comportamentos agressivos.
Conhecido por ter um efeito semelhante à sensação de orgasmo, a droga é mais perigosa do que você pensa. Além da sensação de bem estar, a substância aumenta a confiança da pessoa e reduz os sintomas da depressão, mas pelo lado ruim da coisa, ela pode levar a paradas respiratórias e confusão mental. "Quando perguntamos às pessoas [pela Global Drug Survey] qual mistura de drogas achavam a mais perigosa, a maioria disse ketamina e álcool", diz Winstock. "Essa é uma resposta inteligente, já que o álcool aumenta muito os problemas de bexiga desencadeados pela ketamina, por causa da desidratação. Além disso, isso te deixa sedado e você perde o equilíbrio, o que aumenta o risco de cair no buraco da ketamina."
Pessoas que foram expostas a situações de violência, abuso ou trauma ao longo da vida podem ser mais suscetíveis a desenvolver comportamento agressivo relacionado ao uso de drogas. A experiência prévia de violência pode tornar essas pessoas mais propensas a responder de maneira agressiva quando sob efeito das substâncias. É fundamental promover uma maior conscientização sobre os riscos associados ao consumo de drogas psicoativas e destacar a importância de buscar alternativas saudáveis para lidar com o estresse e as adversidades. Além disso, o suporte emocional, o acesso a tratamentos adequados e o fortalecimento dos fatores de proteção são essenciais para ajudar as pessoas a superarem a agressividade relacionada às drogas e melhorarem sua qualidade de vida. Alguns especialistas colocam o álcool na primeira posição do ranking de drogas mais viciantes, não só por seus efeitos, mas também pelo acesso fácil à droga.
O condicionamento que leva à busca da droga fica tão enraizado nos circuitos cerebrais, que pode causar surtos de fissura depois de longos períodos de abstinência. "É uma mistura muito comum, particularmente para pessoas envolvidas em chemsex", diz Winstock. "GBL e GHB podem diminuir os critérios da pessoa quando se trata de sexo seguro; fora os efeitos físicos indesejáveis, então, também há efeitos comportamentais, como o aumento do risco de sexo de alto risco e abuso sexual."
Com o uso em doses supra-fisiológicas (ou seja) e a insatisfação com o corpo, o usuário acha que tem que ir mais longe. A tolerância reduz o grau de euforia experimentado no passado, aprofunda a apatia motivacional na vida diária e leva ao aumento progressivo das doses e às mortes por overdose. É por esse mecanismo que voltar aos locais em que a droga foi consumida, a presença de pessoas sob o efeito dela e o estado mental que predispõe ao uso pressionam o usuário para repetir a dose. Com a repetição da experiência, os neurônios que liberam dopamina já começam a entrar em atividade ao reconhecer os estímulos ambientais e psicológicos vividos nos momentos que antecedem o uso da substância, fenômeno conhecido popularmente como fissura. O maior risco dessa mistura vem do usuário não reconhecer que tem um problema com drogas. "É perigoso porque você mistura duas drogas muito potentes e é isso é muito difícil de controlar, já que o consumo ocorre na forma de injeção – depois que você se injetou, não há nada que se possa fazer", diz Winstock.