Ele finalmente escreve que sua teoria explica naturalmente esse mal-entendido coletivo como uma resistência previsível ao reconhecimento da energia sexual na infância. O autoerotismo descreve essencialmente quando o prazer ou a gratificação sexual são alcançados por alguém, em vez de por meio de fontes externas (como outra pessoa). O autoerotismo é usado em relação a alguns conceitos diferentes que envolvem sexualidade e práticas sexuais realizadas isoladamente. O mais importante é que as pessoas se sintam confortáveis com a sua própria sexualidade e satisfeita com a sua vida sexual, independentemente de se ter ou não fantasias. Na história do cinema existem os chamados mitos eróticos, atores e atrizes que representam o atrativo sexual e que se tornaram ícones culturais, como Rodolfo Valentino que foi um dos primeiros símbolos eróticos masculinos e Marilyn Monroe que se transformou em símbolo da sexualidade feminina da década de 1950.
O mais importante é que as fantasias sejam exploradas e partilhadas dentro de relacionamentos consensuais e respeitosos. O termo erotismo faz referência ao Deus Eros da mitologia grega, uma divindade que simboliza o amor e a sexualidade. A partir desta referência mitológica, o conceito erotismo possui um amplo leque de sentidos e significados. O seu caráter de elaboração cultural e o importante papel que a imaginação desempenhou em todas as épocas na elaboração de códigos eróticos, levaram a assinalar que a diferença com a pornografia reside mais no interesse deliberado desta por suscitar a excitação, na função especificamente criativa do erotismo. Embora definido num primeiro instante como "paixão de amor", é necessário salientar o seu caráter revalorizador das formas próprias da sexualidade, tanto na vida pessoal e social como nas manifestações culturais.
"A fantasia ajuda no relacionamento, mas é preciso ter diálogo. Todo mundo tem fantasia sexual, mas o falar sobre isso é muito importante. Quanto maior o diálogo, mais fácil da fantasia se concretizar de um modo que seja confortável para os dois", diz Marques. Segundo ela, a minoria que não se permite ter fantasias sexuais se limita devido a questões que remetem a sua formação como indivíduo a nível cultural, social e religioso. "Fantasias sexuais são pensamentos, ideias, em relação ao comportamento sexual. Algo novo que você possa colocar em prática ou não na relação, apenas imaginar. Pode ser, também, o sentido literal da palavras, Xvideos algo que você veste, um comportamento específico", explica a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. No Brasil, embora não existam pesquisas recentes sobre as principais fantasias sexuais, especialistas ouvidos pelo g1 revelam quais as mais comuns, de acordo com os relatos que ouvem em seus consultórios. Para entender o comportamento sexual em diversas regiões do mundo, o IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), ao lado de outros 45 países, está realizando um grande estudo sobre o tema. A ideia é examinar diferentes comportamentos sexuais, incluindo aspectos positivos, como a satisfação e o desejo sexual, e os negativos, como os riscos e problemas do funcionamento sexual.
Que o mundo vê e lê na internet.
Nesse conseguinte, Rabaté esclarece que “a literatura oferece um modo privilegiado de entrada para a ‘cultura’, termo que combina o envolvimento pessoal com os modos tradicionais de ficção (Bildung) com os valores que definem uma civilização (Kultur)” (RABATÉ, 2017, p. 164). Não sem razão, muitos psicanalistas e pesquisadores em psicanálise a tomam como importante recurso no entendimento das manifestações do inconsciente. Isso porque os artistas, assim como os neuróticos, são movidos por desejos inconscientes, pulsões e libido. No entanto, os artistas são capazes de sublimar esses impulsos de forma criativa, produzindo obras de arte que são gratificantes tanto para eles quanto para o público (FINGERMANN, 2017). Assim, se acompanharmos atentamente a bela cosmogonia descrita no livro de Gênesis poderemos apreender o caminho psíquico que cada ser humano trilha a partir de seu nascimento e que irá culminar, dentre outras coisas, na sua dimensão como ser condenado a desejar, ainda que, no final de tudo, só alcance a própria morte. No mito religioso a humanidade erótica e desejante é alcançada como punição, uma punição designada por Deus para fazer Eva e seu marido pagarem pela curiosidade da primeira.
Só este campo pulsional que atravessa o corpo orgânico pode explicar o quanto o gozo erótico pode se contrapor à ordem da preservação da vida. George Bataille corrobora esta premissa freudiana aludindo que o orgasmo é uma pequena morte. A sexualidade freudiana é regida pela economia pulsional, marcada por intensidades e afetos.
Elas podem comprometer todo o processo que leva ao desejo e prazer ou, dependendo do grau do déficit de hormônios, até inibi-los completamente. Estímulos sexuais, além do prazer momentâneo que podem proporcionar, melhoram o estresse, a qualidade do sono e estimulam a inteligência e a compreensão do próprio corpo, conforme explica Josefa Ferreira, psicóloga e psicanalista da clínica Holiste Psiquiatria (BA). Quando nos deparamos com algo erótico (e que gostamos), o SNC (sistema nervoso central) estimula o desejo, a nossa memória (um registro anterior que foi positivo) e, consequentemente, a parte muscular e motora do nosso corpo. Então, sim, há motivos fisiológicos que explicam por que ficamos excitados quando somos estimulados de forma cognitiva. É simplesmente o tipo de relação estabelecida, ou seja, como você une (Eros) conceitos distintos (Logos).
Autoerotismo: definição em Psicanálise
Este processo é examinado no diálogo de Platão, o Banquete, e definido pela scala amoris. Por ela, Platão argumenta que o eros é inicialmente sentido por uma pessoa, mas, com a contemplação, pode se tornar uma apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou mesmo uma apreciação da própria beleza no sentido ideal. Como Platão expressa, o eros pode ajudar a alma a "lembrar" a beleza em sua forma pura. Seja pela "primeira vista" ou por outras rotas, o amor apaixonado muitas vezes teve resultados desastrosos, segundo os autores clássicos. No caso em que o ente querido era cruel ou desinteressado, esse desejo demonstrava levar o amante a um estado de depressão, causando lamentação e doença. Às vezes se dizia que a fonte das flechas era a imagem do belo objeto de amor em si.
Fantasias sexuais: especialistas explicam o que são e quais as mais comuns
“A ambiguidade e a bipartição caracterizam, de um modo mais típico, o problema do erotismo quando, mais do que qualquer outro, ele parece resistir às definições, flutuando entre o físico e o espiritual”. Enquanto no erótico, encontramos conteúdos eufóricos e poéticos, o pornográfico, sem valor algum ao que tange a arte, é disfórico, perverso e problemático. O filósofo e sociólogo Herbert Marcuse se apropriou do conceito freudiano de eros para seu trabalho altamente influente de 1955, Eros e Civilização.
Nesse sentido, Bataille nos convida à emancipação, isto é, a desejar uma existência livre de limites, uma existência que nega a realidade que se atualiza e, portanto, a realidade que permanece sempre menor frente ao excesso que corre nos movimentos da vida. A razão, a ciência ortodoxa, pode ignorar essa verdade, mas se nós a desconhecermos, desconhecemos também o que somos e o que podemos ser e por isso é inevitável a nós alcançar esse excesso, esse despender sem conta, porque é ele que nos dá a força de negação do mundo da produção, da posse e do cálculo racional. Nasce daí o homem soberano, integralmente entregue à volúpia, que não se seduz pelas fraquezas que a razão oferece, que quer aceder ao gozo mais forte, que recusa subtrair-se.
O tipo de sonho erótico (se com ou sem sexo, se mais ou menos intenso, se com ou sem o companheiro, etc.) depende da personalidade de cada pessoa, porém, cada tipo de sonho – e de protagonistas – tem um significado muito próprio, como explica o Buena Vida depois de reunir tudo o que o que já se descobriu sobre este tipo de sonho. Sonhar com o/a ex-companheiro/a não quer dizer que se tenha vontade de reatar a relação, pelo contrário, pode ser um sinal de necessidade de mudança, de que é preciso “dar sabor à nossa vida amorosa e sexual”, como diz a psicóloga Ainhoa Plata. Já quando o sonho erótico é com um membro de família, o mais certo é que seja um sinal de que olhamos para tal pessoa como alguém com poder em nós, alguém que nos é superior e a quem queremos entregar as nossas responsabilidades. Contudo, este é o sonho erótico que mais causa inquietação às pessoas e que mais interfere com o seu bem-estar. Conforme já sinalizamos, a literatura neikótica ou neiko-erótica implica em uma sequência claramente disruptiva para com a literalidade sumamente erótica, uma vez que ambiciona descrever os elementos de uma tendência universal à depreciação na esfera de Eros.
É próprio do domínio do trabalho exigir um comportamento que constantemente realiza um cálculo de esforço, um cálculo ligado à eficácia produtiva. Por isso que, no tempo reservado ao trabalho, a coletividade deve se afastar dos movimentos contagiosos nos quais existe apenas o abandono imediato ao excesso, ou à violência. Ou seja, o trabalho “exige um comportamento racional em que os movimentos tumultuosos que se libertam nas festas, ou geralmente, no jogo, não são admitidos” (BATAILLE, 1980.p. 37). Tais movimentos devem ser refreados para que o sujeito consiga trabalhar, ao mesmo tempo que o trabalho introduz o motivo que leva a refreá-los. Os sujeitos que, ao contrário, cedem a estes movimentos tumultuosos, têm uma satisfação imediata, enquanto que o trabalho só promete uma satisfação posterior. Ensina Bataille, “desde os tempos mais remotos, o trabalho introduz uma pausa, um intervalo, graças aos quais o homem deixa de corresponder ao impulso imediato que corresponde à violência do desejo” (idem, p. 37).
Estamos redescobrindo que existem outras variações válidas para associar conceitos além de causa-efeito. A total indistinção é o não-pensamento, o “não-relacionar”, o mais puro silêncio caótico, a matéria escura a contrastar com a matéria conhecida do possível pensamento. A folha em branco é um exemplo de um “micro-vácuo” indistinto onde começamos a lapidar conceitos. Assim, o que permite nas minhas frases a existência de palavras separadas é Logos, definindo sentidos diferentes (isso/aquilo, pois se ambas fossem o mesmo não faria sentido terem diferentes nomes), enquanto o que permite que eu escreva “isto e aquilo” no meu texto é Eros, que cria novos sentidos a partir da conexão de sentidos anteriores. Existem diversas respostas; da filosofia à matemática, da psicologia à psiquiatria, a definição de pensamento nunca é consensual. Aqui, quero me basear na psicologia, especialmente junguiana, assumindo que pensar é simplesmente associar e dissociar conceitos, num eterno “unir e separar” de ideias.